A INTEGRAÇÃO FRONTEIRIÇA E AS PRÁTICAS ESPORTIVAS NO SÉCULO XX. UM ESTUDO INTRODUTÓRIO DOS JORNAIS DE CORUMBÁ, MS
Waldson
Luciano Corrêa Diniz
Introdução
Ao
estudar a fronteira Brasil-Bolívia a partir da imprensa da cidade de Corumbá,
Mato Grosso do Sul, objetivou-se compreender como foram descritas as relações
entre os cidadãos fronteiriços ao longo do século XX. Tal tema decorreu de
pesquisa de doutorado concluída em 2014 que analisou as relações institucionais
binacionais e o cotidiano fronteiriço, envolvidos nas propostas de integração
econômica desencadeadas pelo governo Vargas que iniciou em 1938 o debate da
integração pela ferrovia para a aquisição de petróleo e gás natural da Bolívia.
A análise
da bibliografia e das fontes jornalísticas revelou que os discursos de
cordialidade da diplomacia brasileira (DINIZ,2014), sejam as falas em
documentos oficiais ou produto de entrevistas, não correspondem ao ambiente
tenso do local, marcado por violências diversas e racismo. Dessa forma, a tese foi construída a partir
da coleta e análise de periódicos que mencionaram verbetes considerados
atinentes ao campo da pesquisa. Substantivos simples, aparentemente comuns como
fronteira, bolivianos, ou topônimos como Santa Cruz de la Sierra, Puerto
Quijarro e gírias locais, termos chulos, que condensam cargas de discriminação
e ironia bastante conhecidos pela população da região como ‘hermano’, ‘colha’, ‘choco’ ou ‘choquito (a)’, foram examinados e
confrontados com outras matérias no mesmo tempo e espaço para produzir um
debate em torno de elementos duradouros na construção de uma imagem e
interpretação do outro ao longo de grande parte do século XX, pois a pesquisa documental
foi até o ano de 1999, no qual se realizou a solenidade de inauguração do
gasoduto Brasil-Bolívia e que, de certa forma, conclui também mais de sessenta
anos de debate político cotidiano sobre as possibilidades de integração
fronteiriça entre países tão diferentes.
Pensar o
referido processo requer a compreensão das concepções de cidade de que são
portadores os munícipes e as autoridades constituídas. Trata-se de um tema
interdisciplinar que exige atenção às sutilezas dos discursos e atualização quanto
à produção acadêmica contemporânea e a revisitação aos clássicos que desde o
começo do século XX apontavam para o debate sobre os usos da cidade, suas
utopias e variações (Lefebvre,2006). Essa discussão, por sua vez,
materializou-se na imprensa que elaborou centenas de artigos no cotidiano da
fronteira defendendo ideias específicas, gerando consensos muitas vezes
segregadores, fato que na longa duração tem consequências visíveis para a
população local. Esse estudo adquire pertinência devido à grande quantidade de
estrangeiros e seus descendentes residentes na região mencionada e a ampla
divulgação do cosmopolitismo da cidade por certa historiografia e determinados
memorialistas que celebram a participação de europeus e árabes de diversas
nacionalidades no desenvolvimento local (DINIZ,2004) olvidando a condição
fronteiriça e o papel dos bolivianos, paraguaios e etnias indígenas (OTA,2011)
na constituição da força de trabalho. Assim, estudar a cidade, os jornais e a
prática esportiva ensejam a compreensão da subjetividade de diversos agentes
envolvidos na produção do discurso da imprensa escrita.
Desenvolvimento
O esporte
na fronteira, envolvendo brasileiros e bolivianos, enseja a análise das
políticas públicas na cidade de Corumbá, MS e seus silêncios, o discurso
identitário monopolizado pelos pecuaristas e suas incongruências, e
principalmente a pobreza da região marcada pelo histórico enraizamento da
economia no setor primário, concentrador de riquezas e do poder político
(DINIZ,2004).
Ao
trabalhar os dados coletados da imprensa percebeu-se que as práticas esportivas
também poderiam ser colecionadas como parte da discussão sobre a
integração/repulsão das populações fronteiriças ao longo do tempo em Corumbá.
Organizou-se uma tabela com o verbete Esporte que reuniu dezenas de artigos em
torno do tema que permitissem uma análise a partir de diversos referenciais
teóricos.
Sabe-se
que as escolas salesianas no final do século XIX e começo do XX (DUARTE, 2013,
p.20) desenvolveram importante papel na divulgação das práticas esportivas,
tidas como sinal de disciplina e saúde. Também o Exército e a Marinha cumpriram
esse papel de divulgar o esporte como prática civilizatória de ocupação do
tempo livre da população ao manter times e realizar campeonatos (DIAS, 2017, pp
71-72). A concepção popular de esporte, contudo não estava pronta no final do
XIX em cidades como Cuiabá e Cáceres onde a diversão estava associada a
práticas atualmente consideradas violentas, como as touradas, que ocorriam em
praças públicas e não raro geraram acidentes e mortes (DUARTE, 2013, p.20).
Na
pesquisa acadêmica em torno do objeto esporte e demais verbetes associados
foram encontrados trabalhos que sugerem mais atenção ao tema a partir da
História, haja vista sua relevância para o desvendamento de diversos processos
como a cultura do trabalhador e as políticas públicas para as cidades. Sobre
essa questão, Santos (2007) destacou que o
apagamento da memória do esporte nos bairros, como o futebol de várzea, implica
na amnésia coletiva e em uma série de fenômenos correlacionados que referendam
a especulação imobiliária e a privatização do lazer nas cidades, à medida que o
espaço público de convivência deixa de existir.
Gebara (2014), em perspectiva similar,
indicou que a ausência de políticas públicas para o esporte entendido como
índice de qualidade de vida, facilita a apropriação privada dos patrimônios
naturais e o isolamento do trabalhador em relação à natureza.
Especificamente
no caso de Corumbá há que se pensar a representação do esporte a partir da
profusão de empresas jornalísticas de curta duração e, sobretudo voltadas ao
debate político partidário. Em que pese a cidade ter o primeiro jornal da
província do Mato Grosso, conforme atestam os estudiosos do tema
(FERNANDES,2017, p.18), a imprensa esportiva não se constituiu independente do
jornal diário de efemérides e de anúncios diversos. Sobrevivendo de forma
precária ou com gastos comedidos, a imprensa pouco investiu em tecnologia e/ou
fez experimentos com a sua organização estética, uma vez que não havia cadernos
e sim matérias gerais, consideradas de
grande interesse, seguidos por artigos sobre o cotidiano, notícias policiais,
classificados, avisos, horóscopos e notícias sociais, já nos anos 60 e 70, com
algum colunista conhecido do reduzido círculo da classe proprietária (DINIZ, 2014).
As
atividades esportivas nesse contexto eram tímidas e/ou pouco retratadas pela
imprensa que inseria poucas fotografias devido ao alto custo do material
tipográfico. Por outro lado, a queda da população devido à estagnação econômica
da década referida explica em parte a falta de investimentos e a acomodação com
a divisão do mercado de leitores entre duas ou três empresas, de acordo com
Diniz (2014).
Cite-se
também, de acordo com Diniz (2014), que dois jornais estiveram vinculados a
empresas de rádio dentro de grupos empresariais pertencentes a famílias com
concepções políticas que se rivalizavam na cidade. Dessa maneira, a rapidez, a
inovação, ficava, muitas vezes, a cargo dos trabalhadores do rádio que possuíam
maior mobilidade na cobertura dos fatos cotidianos, entre eles, a temática
esportiva.
O
desenvolvimento da prática esportiva em Corumbá guarda relação com o
adensamento da população urbana promovida por diversos fatores como a
realização de grandes obras como foi o caso da ferrovia Brasil-Bolívia que
atraiu para a região uma quantidade de
trabalhadores do sexo masculino e demandou por equipamentos e serviços que
interferiram na paisagem urbana.
A menor
quantidade de artigos em torno do tema esporte na fronteira pode ser
interpretada também, de forma multidisciplinar, pela ação de diversos fatores
que se fizeram presentes na mídia local e no cotidiano das pessoas de forma
bastante variada ao longo do século XX. Assim, por exemplo, a associação que se
faz da prática esportiva com a qualidade de vida, com a promoção da saúde e a
prevenção de doenças é algo bastante recente no imaginário da classe
trabalhadora. Após 1988, com a promulgação da Constituição Brasileira,
principiou uma política de saúde com estratégias nas esferas federal, estadual
e municipal para o combate à doença e a promoção do bem estar (FERREIRA; NAJAR,
2005). Dessa forma, a divulgação do esporte como índice de qualidade de vida é
um processo que ainda está em curso e que esbarra em diversos obstáculos na
contemporaneidade devido às características do Capitalismo que reserva os
esportes e o tempo livre a estratos cada vez menores da sociedade e atribui aos
trabalhadores jornadas cada vez mais longas, intermitentes, com turnos, etc.,
que inviabilizam as atividades físicas, o esporte e o próprio lazer em família
( NISHIMURA, THOMASSIM, 2008 ).
Sobre o
início do século XX na cidade em tela, Diniz (2014) demonstrou que as
atividades esportivas se dividiam em práticas consideradas lucrativas,
individuais como o boxe e atividades coletivas, de lazer, diversão, desligada
de objetivos de lucro. Uma delas foi o pugilismo, destacado em grandes matérias
envolvendo amadores e profissionais dos países vizinhos e com grande plateia em
ringues improvisados no município. Interessante é citar que a luta amadora
tinha mais vinculação com o espetáculo do que com a prática esportiva. As
reportagens analisadas apresentam circos que promoviam desafios e envolviam
toda a fronteira ante a expectativa de encontrar mulheres lutadoras e
desafiantes diversos. Note-se que, conforme se retrocede no tempo, mais
reportagens sobre pugilismo são encontradas na cidade. De 1948 a 1960, por
exemplo, há uma quantidade significativa de matérias a respeito de lutas que ocorreram
na cidade envolvendo bolivianos, paraguaios e brasileiros. As reportagens
extensas e com fotografias e ilustrações contrastam com as matérias sobre
futebol que não apresentavam detalhes desse tipo. Pode-se concluir que o
pugilismo que incentivava apostas em dinheiro e implicava em menores custos com
logística tinha mais facilidade de se propagar do que o futebol que, como
esporte coletivo, estava sujeito a uma série de condicionantes. Além disso, não
havia qualquer legislação esportiva ou fiscalização que impedisse os excessos
nos ringues improvisados, fato que atraia grande número de amadores
incentivados seja pela violência, seja pelo grotesco das figuras que se
propunham como desafiantes.
De modo
geral, a população fronteiriça contava com poucas opções de lazer e esporte,
especialmente nos anos 40-60, período de maior concentração de trabalhadores
nas obras da ferrovia Brasil-Bolívia e de expansão econômica de diversas
atividades locais que atraíam mais operários. Os jornais não esclareceram se
havia práticas esportivas organizadas exclusivamente para os operários da
Companhia Mista Ferroviária Brasil Bolívia/CMFBB, ou se eles se congregavam via
associação ou sindicato para a promoção de algum esporte individual ou
coletivo. Sabe-se por outro lado que o Estádio Municipal Artur Marinho surgiu
no ano de 1941 e as quadras esportivas estavam restritas aos clubes
particulares das cidades. Assim, aos populares, restavam os campos de várzea ou
simplesmente campinhos, uma vez que as quadras públicas surgem com a construção
de conjuntos habitacionais a partir dos anos 70 e 80. E os ginásios
poliesportivos são da década de 1980 (DINIZ,2014).
Em 1949
registra-se a existência da Associação Atlética Luso-Brasileira que visava
congregar pessoas de ambos os sexos, descendentes de portugueses ou não, para a
prática esportiva e para o lazer. A chamada do pequeno artigo contudo, indica
que o público da época deveria ter alguma sofisticação, pois o texto destacava
a necessidade de formar uma equipe de ‘bola ao cesto’ na cidade. Não há nas
fontes menções significativas às atividades similares de outros clubes étnicos
presentes na cidade de Corumbá no período em questão. De fato, tardiamente
surgiram clubes étnicos de bolivianos, paraguaios e árabes com pautas diferenciadas
e em outros contextos (DINIZ,2014).
A partir
de um recorte socio econômico pode-se também observar o surgimento de clubes
direcionados a determinados setores da sociedade. Havia o Esporte Clube
Noroeste que congregava as camadas populares do município, especialmente os
familiares dos funcionários da ferrovia Noroeste do Brasil, o Riachuelo Futebol
Clube que reunia a classe trabalhadora vinculada ao comércio, principalmente, e
o Corumbaense Futebol Clube vinculado à classe proprietária. Os clubes citados
possuíam times de futebol que participavam de diversos campeonatos, inclusive
na Bolívia (DINIZ,2014).
É
oportuno destacar que o Esporte Clube Noroeste possuía uma nítida vinculação
com as demandas de esporte e lazer dos trabalhadores da ferrovia, tal qual seus
congêneres que surgiram pelo interior do estado de São Paulo (ALMEIDA,
GUTIERREZ, FERREIRA, 2010). Com base nos estudos de Barros e Mattedi (2020) pode-se dizer que esses indivíduos haviam
atingido um nível de maturidade política acima da média ao buscarem pela auto
organização a consecução de seus objetivos desligados da mera subsistência.
Nas
décadas de 80 e 90 as matérias sobre integração esportiva diminuem
sensivelmente. Também não há comentários sobre a organização de campeonatos
estudantis que envolvessem as escolas de Corumbá, do município vizinho, Ladário
e das cidades bolivianas de fronteira. Fato que indica a baixa percepção das
secretarias de Educação sobre o papel desempenhado pelo esporte na integração
cultural de crianças e adolescentes. O último evento esportivo binacional
citado foi uma ‘mini maratona’ organizada pelo grupo ALEC/ Academia de
Literatura e Estudos de Corumbá, uma instituição privada sem fins lucrativos,
que contou com uma grande quantidade de bolivianos entre atletas e torcedores.
O percurso partia da cidade de Puerto Suarez e terminava em Corumbá num trajeto
de vinte e dois quilômetros. O destaque desse evento foi a vitória de duas
atletas bolivianas que obtiveram respectivamente o segundo e o terceiro lugar no
pódio. O evento foi coberto pelo Canal
8 de televisão da cidade fronteiriça vizinha, e pelo periódico La Estrella del
Oriente de Santa Cruz de la Sierra. O jornal Diário da Manhã comentou que se
tratava da oitava edição da corrida, mas não há registro das realizadas
anteriormente. Também o Exército e a Marinha promoveram corridas rústicas, mas
não foram encontrados no material examinado os convites à população fronteiriça
ou propostas de integração esportiva com as Forças Armadas da Bolívia.
A
carência de equipamentos culturais urbanos denuncia um projeto de cidade
específico no qual a classe trabalhadora assume papel marginal e/ou
coadjuvante. A cidade parece ser elaborada para determinado público que possui
condições de consumir nas praças e jardins. Assim, os indivíduos pobres passam
rapidamente pelo núcleo central e retornam para os seus bairros sem desenvolver
a experiência da fruição da urbe, fato danoso ao processo democrático
(DINIZ,2004).
Nesse
sentido, o jornal ao expressar seu conservadorismo político trabalha para a
conformação da classe trabalhadora à sua ideologia que enseja a reprodução das
populações periféricas e a manutenção de sua condição marginal na sociedade
(CASTRO, ABRAMOVAY,2002).
Considerações finais
O estudo
das práticas esportivas a partir da imprensa na cidade de Corumbá, MS
evidenciou que houve o predomínio de um discurso conservador sobre a população
fronteiriça, que significou sobretudo, a reduzida integração mediante as
práticas de lazer e esporte seja entre os trabalhadores do sexo masculino
durante o auge do afluxo de empregados para as obras da ferrovia
Brasil-Bolivia, seja entre a população escolar da região.
A cidade
permaneceu bastante vinculada ao discurso nacionalista, de valorização do
trabalho e houve mesmo uma coincidência entre os ocupantes de cargos políticos
e os articulistas de jornais, fato que durante o governo militar assegurou um
consenso em torno de temas considerados adequados à imprensa de viés liberal.
Como não
houve uma imprensa operária para a divulgação das pautas da classe
trabalhadora, considera-se que as iniciativas de entidades privadas foram
importantes para a promoção da integração esportiva e para a celebração do
tempo livre e a divulgação de outras perspectivas e valores que não os do
trabalho.
A
construção do debate sobre o discurso jornalístico e as políticas públicas
diversas é relevante à medida que esclarece o público leitor sobre as formas como se constrói o jornal e
concomitantemente leva ao debate sobre a qualidade desse trabalho e seu
engajamento político, tendo em vista a superação da abordagem do cotidiano pelo
viés da novidade.
A
ausência de uma política de esporte e lazer para a população fronteiriça
implica na manutenção da marginalidade dos jovens e na reprodução dos ciclos de
exclusão no qual a juventude pobre das periferias ingressa cada vez mais cedo
no mercado de trabalho e deixa de desfrutar dos equipamentos urbanos de lazer.
É essencial nesse sentido que a utopia da cidade seja compartilhada pela imprensa
e que as políticas sejam articuladas para que o prazer da convivência supere a
discriminação e o medo do outro.
Referências Biográficas
Prof Dr.
Waldson Luciano Corrêa Diniz, professor do curso de História da UFMS/CPAN.
Referências
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Olá Waldson
ResponderExcluirParabéns pelo seu texto. Observo que as regiões de fronteira entre Brasil e os demais vizinhos desenvolvem uma cultura diferenciada, sempre movida pelas trocas entre os países, ao mesmo tempo tempo que parecem ter fronteiras mais antigas, relativas aos povos originários. Até que ponto este discurso conservador em relação esportes têm relação à origem indígena destes moradores?
Prezada Carla Satler considero que as vizinhanças indígenas do Brasil, e aqui excluo Uruguai e Argentina, são as mais problemáticas devido à grande população indígena e toda a carga de preconceito disseminada seja pela mídia regional, seja pelo próprio Estado. Em minha tese estudei as relações Brasil-Bolívia na imprensa de Corumbá, MS e discuto desde o início do século XX as representações mais comuns, seja do índio brasileiro tido como exótico ainda nos anos 50-60, seja da população originária da Bolívia. Verifique por gentileza em: Los hermanos bolivianos. Representações nos jornais de Corumbá/MS (1938/1999).
ResponderExcluirO Brasil sempre exerceu uma posição hegemonia em relação à Bolívia e Paraguai portanto a noção de branquitude, de superioridade brasileira esteve implícita nos tratados e no cotidiano fronteiriço. Qualquer dúvida, estou à disposição em: waldson.diniz@ufms.br
Caro Waldson, gostaria de parabenizá-lo pela excelente pesquisa e artigo. Você aborda uma análise bacana sobre as relações constituídas nas fronteiras. Como seria o uso de sua pesquisa para fins de sequência didática? O que sugere?
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