MÁSCARAS AFRICANAS: UMA
PROPOSTA PARA ESTUDO DA ÁFRICA
Jackson Alexsandro
Peres
Introdução
O estudo
da História da África, cultura africana e dos afrodescedentes sempre foi um
desafio para se trabalhar em sala de aula. Isso se dá pela complexidade do tema
e por ser pouco trabalhado até mesmo em disciplinas dentro do curso de História
nas Instituições de Ensino Superior. O estudo do continente africano em muitos
casos se resumia ao estudo do Egito Antigo, no bloco que estudava as sociedades
antigas do Oriente Próximo.
A partir
da Lei 10.639/2003, que modificou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, Lei N. 9394/1996, no seu artigo 26 – A obrigou-se o ensino de
História e Cultura Afro-brasileira nas instituições de ensino fundamental e
médio. A partir daí as Instituições de Ensino Superior precisaram realizar
mudanças no currículo dos cursos de História, com a introdução de disciplinas
de História da África e História Indígena.
Ocorre
que os professores que se formaram até pelo menos o ano de 2005 pouco tiveram
de discussões dentro dessa temática e por este motivo o desafio de se tratar a
História da África nos ensinos fundamental e médio. Entra em cena então as
formações continuadas, como uma possibilidade de preenchimento desta lacuna.
Além disso, por conta das leis supracitadas os materiais didáticos, sobretudo
os livros, passaram a dar tratamento diferenciado à temática, servindo de apoio
aos professores.
A
proposta que segue objetiva apresentar uma prática docente dentro da temática
étnico-racial, com foco em história da África. Ela foi realizada em duas turmas
de sétimo ano de uma escola da Rede Estadual de Ensino do Estado de Santa
Catarina, no ano de 2019. A turma
estudou a África antes da colonização europeia a partir das sociedades do Mali,
de Gana e dos Bantos, e se apresenta como uma possibilidade de abordagem da
temática a partir da aproximação com a disciplina de Artes.
A África na escola
A
abordagem da temática História da África se deu a partir do livro didático da
turma, e ampliando as discussões com material de apoio. Ressalta-se que a
partir da Lei N. 10.639/2003 e depois a Lei N. 11.645/2008 que incluiu o estudo
da História Indígena os livros didáticos de História também sofreram adaptações
e veem-se claramente essas mudanças, principalmente na presença e na abordagem
da temática africana e indígena. Mas propostas de projetos, projetos
interdisciplinares e/ou atividades que movimentem a unidade escolar ainda são
bastante incipientes e quando muito, estão ligadas apenas ao calendário escolar
nas comemorações do dia da Consciência Negra. Sobre essa questão:
“É
fundamental fazer com que o assunto não seja reduzido a estudos esporádicos ou
unidades didáticas isoladas. Quando se dedica, apenas, tempo específico para
tratar a questão ou direcioná-la para uma disciplina, corre-se o risco de
considerá-la uma questão exótica a ser estudada, sem relação com a realidade
vivida. A questão racial pode ser um tema tratado em todas as propostas de
trabalho, projetos e unidades de estudo ao longo do ano letivo.” (MEC, 2010, p.
70).
A partir
dessa premissa, buscou-se uma atividade que pudesse dar suporte ao ensino de
História da África, ao mesmo tempo em que fosse atrativa aos estudantes. Isso porque a disciplina de História muitas vezes opera
dentro da escola isoladamente das outras unidades curriculares. O trabalho
interdisciplinar, bastante estudado, debatido e pouco praticado, dada as suas
peculiaridades de execução, pode ser ainda uma maneira interessante de se ter
uma experiência educacional prazerosa e significativa, tanto para estudantes
como professores.
A ideia foi levada à professora de Artes, que prontamente se
inseriu na proposta. Não se tratava de um projeto interdisciplinar, defendido
por Hernandes (1998, p. 61), como uma modalidade de articulação dos
conhecimentos escolares e uma forma de organizar a atividade de ensino e
aprendizagem, a partir de um tema problema, preferencialmente levantado pela
turma, mas sim de uma proposta que batizamos de “parceria pedagógica”. Esta
parceria, naquele momento, consistia em aproveitar as aulas de Artes e de
História, cada uma com suas especificidades, mas que mantinham por meio do
diálogo interdisciplinar, um fio condutor com conteúdos em comum: cultura
africana, História da África, cultura material, e manifestações artísticas
culturais.
Uma proposta para o ensino da África
O livro didático
utilizado foi o livro Projeto Araribá, de 2014. A obra apresenta a História da
África no período pré-colonial por meio do estudo das sociedades da África
Sub-Saariana, que inclui Mali e Gana e os Bantos. Aspectos da economia, da
sociedade e da cultura material foram abordados.
Antes de
iniciar o estudo histórico propriamente da História de alguns povos africanos,
foi necessária uma discussão sobre a Geografia da África. Iniciamos o assunto
questionando o que os alunos sabiam sobre a África. Naturalmente eles se
remeteram aquilo que já haviam tido contato, como aspectos da fauna e flora, do
deserto e em diferentes momentos falaram que a população é negra e que existe
muita pobreza. Questões bastantes estereotipadas por documentários, filmes e
animações e que povoam o imaginário dos alunos.
Avançando
sobre os conteúdos propostos no livro, estudamos os aspectos físicos do
continente africano, buscando por meio de imagens e discussões, desmistificar
que o continente africano é composto apenas de savanas e do deserto do Saara. A
diversidade ambiental da África encantou os estudantes.
Para além
da diversidade ambiental do continente africano, foi preciso discutir e
estabelecer conceitos importantes nesse processo: cultura e sociedade. Logo,
entender que a África é um continente e que possui uma grande diversidade
natural e étnica foi fundamental. Nas palavras de Kabengele Munanga:
“A
África, tanto tradicional quanto moderna, é um mundo variado e diverso. Em sua
complexa realidade social, a África é composta de sociedades em que cada uma
tem sua individualidade cultural e se expressa por nomes próprios. [...]
Estamos todos acostumados a escutar e a ler, até nos textos eruditos, os
conceitos de cultura, civilização e africanidade no singular. [...] Mas diante
da extraordinária diversidade e complexidade cultural africana, como é possível
conceber certa unidade?” (MUNANGA, 2012, p. 29)
Sobre os
conceitos de sociedade e cultura, por mais que sejam conceitos densos, optamos
por trabalhá-los de maneira simplificada. Sobre sociedade, “é um grupo de
pessoas cujo conjunto organizado de atividades é autossuficiente para garantir
a cada uma delas a satisfação de suas necessidades materiais e psicológicas.”
(MUNANGA, 2012, p. 29).
Sobre
cultura, apensar de ser também um conceito complexo, optamos por trabalhar com
o sétimo ano a definição proposta por Munanga: “Uma cultura é o conjunto
complexo de objetos materiais, comportamentos e ideias, adquiridos numa medida
variável pelos respectivos membros de uma dada sociedade.” (MUNANGA, 2012, p.
29). Ainda cabe trazer a relação entre as duas:
“As duas
entidades são correlativas: uma sociedade não poderia existir sem cultura, essa
herança coletiva transmitida de geração em geração e que permite aos
descendentes não poder reinventar todas as soluções. Uma cultura supõe a
existência de um grupo que a crie lentamente, a viva e a comunique.” (MUNANGA,
2012, p. 29).
Ressalta-se
que trabalhar os conceitos de cultura e sociedade é fundamental para o
entendimento da História. Deste modo, mesmo que neste momento os conceitos
estejam servindo ao objetivo do entendimento de um continente africano diverso,
social e culturalmente, a internalização destes subsidiarão quaisquer estudos
históricos.
No estudo
das culturas Malinesa, Banta e de Gana, houve por parte dos estudantes um
interesse especial à cultura material, principalmente ligada às máscaras. A
seção do livro que trouxe as máscaras africanas tratava da tradição oral
daquelas sociedades e a importância dos griots.
“Os griots são contadores de
história, cantores, poetas e musicistas da África Ocidental. São muito
importantes para a transmissão dos conhecimentos dentro das culturas de
diferentes países africanos, sendo também referidos como jali (em mandês), guewel (em wolof), iggawen (em hassania) ou arokin (em iorubá).”
(Associação Manow, 2019).
A máscara
foi apresentada como uma cultura material e que era (é) associada aos griots. Segue uma reprodução da página
69 do livro.
Fonte: EDITORA MODERNA (org). Projeto Araribá História 7º Ano. 4ª
edição. São Paulo: Moderna, 2014, p. 69
Dado a
demanda e o interesse dos estudantes em conhecer melhor sobre as máscaras
usadas por algumas culturas africanas, buscou-se aprofundamento no tema.
Especificamente sobre as máscaras africanas, usou-se pesquisa na internet. Essa
pesquisa levou ao site “www.ensinarhistoriajoelza”, que traz um material
bastante relevante sobre diferentes temas da História, incluindo a África.
Sobre as máscaras africanas, temos que:
“Durante
muito tempo, as máscaras africanas foram vistas pelos colonizadores europeus
como peças exóticas, exibidas como curiosidades nos museus ou nas residências
de viajantes ricos. Para os povos africanos, contudo elas têm um significado
espiritual e religioso e, desde tempos remotos, são usadas em celebrações,
nascimentos, rituais de iniciação, colheita, funerais, casamentos, preparação
da guerra, para curar doentes e outras situações. O uso de máscaras é uma
característica dos povos da África Subsaariana (ao sul do deserto do Saara). Um
povo pode ter dezenas de máscaras diferentes e, entre os numerosos povos do
continente, elas variam em estilo, tamanho, material utilizado, usos e
significados. A máscara africana é, dessa forma, importante elemento de identidade
cultural de cada etnia atestando a riqueza e a complexidade do patrimônio
cultural africano.” (DOMINGUES, 2022).
Ainda sobre as máscaras, Domingues complementa que:
“A máscara africana procura captar a essência do espírito, e não os seus
traços físicos reais; por isso, ela faz uso de distorções e abstrações. As
máscaras africanas do povo Bwa, de Burkina Faso, por exemplo, representam
espíritos invisíveis da floresta e por isso, têm formas abstratas, puramente
geométricas. Já as máscaras africanas do povo Fang, do Gabão, Guiné e República
dos Camarões, tem a forma do rosto bastante afunilada e reduzida a poucos
elementos: os olhos são pontos, a boca é pequeno círculo, sobrancelhas e nariz
unidos.” (DOMINGUES, 2022).
Dessa
maneira, levou-se a turma uma proposta de desenvolvimento de máscaras a partir
do entendimento delas e sua relação com as culturas estudadas. Essa proposta
foi pensada no NEABI (Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e indígenas) da
Faculdade Municipal de Palhoça, para uma oficina de formação para a rede
municipal de ensino.
NEABI-FMP foi criado em 2011 com o objetivo de promover o debate
científico da temática afro-brasileira e indígena, atendendo as leis N.
10.639/2003 e N. 11.645/2008 e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura
Afro-Brasileira e Africana (Resolução nº 1, de 17 de junho de 2004). O
NEABI-FMP está vinculado ao curso de Pedagogia devido ao caráter da lei, porém
atende acadêmicos dos três cursos de graduação da instituição (Administração,
Pedagogia e Análise e desenvolvimento de Sistemas) e agrega diferentes projetos
dentro da temática. Na oficina se desenvolve as máscaras conforme a imagem
abaixo.
Fonte: Acervo do autor
A
proposta teve como objetivo geral: Apresentar e discutir uma proposta de
atividade para o ensino de História da África a partir da cultura material.
Como objetivos específicos: a) Internalizar os conceitos de cultura e cultura
material; b) Historicizar
o uso das máscaras e seus significados na África; c) Valorizar a
multiculturalidade africana e sua relação com o Brasil; d) Desenvolver diálogo
com a disciplina de artes; e) Realizar a confecção de máscaras africanas a
partir de material reutilizável; f) Expor nos murais da escola o resultado do
trabalho.
Foi
levada aos estudantes uma ideia para eles elaborarem máscaras a partir de
material reaproveitado (rolos de papel higiênico). Como a questão de sociedade
e cultura foram bastante exploradas, trabalhamos como as máscaras são
manifestações culturais em diferentes sociedades, inclusive na sociedade
ocidental (entendida como eurocêntrica) e os incentivamos a usar a criatividade
na confecção de suas máscaras. Para que eles não partissem sem parâmetros,
trouxemos exemplos de modelos e de máscaras africanas. A imagem abaixo foi retirada do site já
referenciado e que deu suporte à proposta.
Fonte:
DOMINGUES, 2022.
“1
Máscara Baluba, da República Democrática do Congo. 2 (a-b) Máscara Bwa, de
Burkina Faso. 3 Máscara Chokwe, de Angola e República Democrática do Congo. 4
Máscara Edo, da Nigéria. 5 Máscara Fang, do Gabão, Guiné e República dos
Camarões. 6 Máscara Kuba, da República Democrática do Congo. 7 Máscara Punu, do
Gabão. 8 Máscara Senufo, da Costa do Marfim e Burkina Faso. 9 Máscara Songye,
da República Democrática do Congo.” (DOMINGUES, 2022).
A
metodologia utilizada durante o processo foi aula expositiva dialogada com
auxílio de suporte audiovisual. Neste ponto a tecnologia por meio do uso de
Datashow foi fundamental, principalmente para o uso de imagens. Desse modo,
após os estudos, debates, dúvidas e muito conhecimento, solicitou-se que
trouxesse na próxima aula os materiais necessários (rolo de papelão onde o
papel higiênico é enrolado, tinta guache, canetas de hidrocor e pinceis).
Pinceis e tintas foram fornecidos pela escola.
Como a
proposta mexeria com tintas, as turmas foram levadas ao refeitório, de modo que
teriam mais espaço e acesso à água facilmente. Na imagem a seguir, a turma 71
(matutino) na produção do trabalho.
Após a
confecção dos trabalhos dos alunos, reproduzimos o mapa da África em tamanho
1mX1,50. Com auxílio do Datashow, projetamos o mapa no papel craft e fizemos o
contorno. Para a exposição do trabalho nos murais da escola, a ideia foi de
colar as máscaras nos mapas (um para a turma 71 e outro para a turma 72). O
resultado do trabalho exposto no mural da escola pode ser visto na imagem a
seguir,
Fonte:
acervo do autor
Considerações
finais
Apesar de
dialogar com Artes, não foi possível a formalização de um projeto
interdisciplinar de modo que toda a proposta foi elaborada e colocada em
prática somente na disciplina de História. A disciplina de artes analisou o
processo de confecção das máscaras e o resultado, avaliando o desenvolvimento
de habilidades de Artes no trabalho.
O
resultado foi o envolvimento de cem por cento da turma nas etapas da proposta,
atendimento à Lei 10.639/2003 e um aprendizado significativo. Os objetivos
específicos listados acima foram todos alcançados e o trabalho ficou exposto
por três semanas no mural da escola. A exposição foi importante pois despertou
curiosidade e admiração entre os alunos de outras turmas, além da vontade de
também fazerem este trabalho. A promessa, dado o resultado positivo de
aprendizagem significativa, foi de que o se repetiria todos os anos, até que
outra proposta pudesse substituí-lo.
Ocorre
que com a Pandemia (COVID-19) em 2020, não foi possível repetir o trabalho. Em
2021 com o retorno gradual ao ensino presencial, mas com aulas híbridas o
trabalho também não foi retomado. Espera-se que agora, com o retorno completo
das atividades educativas presenciais, retomemos a atividade.
Referências
Biográficas
Dr.
Jackson Alexsandro Peres. Professor da Faculdade Municipal de Palhoça no curso
de Pedagogia. Professor da Rede Estadual de Ensino de Santa Catarina.
Referências
Bibliográficas
BITTENCOURT,
Circe Maria Fernandes. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo:
Cortez, 2009.
BRODBECK, Marta de Souza Lima. O ensino de história: um processo de construção permanente.
Curitiba, Módulo Editora, 2009.
CASTELLI Junior, Roberto. Temas e linguagens da História: ferramentas para a sala de aula no
ensino médio. São Paulo: Scipione, 2009.
DOMINGUES,
Joelza Ester. BLOG. Disponível em: https://ensinarhistoriajoelza.com.br/mascaras-africanas-recortar-colorir/
FERREIRA, Marieta de Moraes. Aprendendo História: Reflexão e ensino. São Paulo: Editora do
Brasil, 2009.
EDITORA MODERNA (org). Projeto Araribá História 7º Ano. 4ª edição. São Paulo: Moderna,
2014.
SANTOS, Sales Augusto dos. “A Lei nº 10.639/03 como fruto da luta anti-racista do movimento negro”.
In: Educação anti-racista: caminhos
abertos pela Lei Federal n. 10.639/2003. SECAD, Brasília: 2005, p.
21-37.
Associação
Mawon. Griots: os guardiões das
palavras. Disponível em:
<https://www.mawon.org/post/griots-os-guardi%C3%B5es-das-palavras#:~:text=Os%20griots%20s%C3%A3o%20contadores%20de,arokin%20(em%20iorub%C3%A1)%C2%B9>
Acesso: 10 jul 2022.
HERNANDEZ, Fernando. A organização do currículo
por projetos de trabalho. Tradução Jussara Haubert Rodrigues. 5 ed. Porto
Alegre: Artmed, 1998.
MUNANGA, Kabengele. Origens africanas do Brasil
contemporâneo: história, línguas, culturas e civilizações. São Paulo: Gaudi
editorial, 2012.
Boa-Tarde! Jackson Alexsandro Peres, adorei ler sobre esse incrível trabalho e gostaria de lhe perguntar sobre quais, foram os principais obstáculos que tiveram durante a elaboração e aplicação desse projeto? e o que deveria ser evitado ao criar um projeto como esse para não se tornar algo excêntrico?
ResponderExcluirBoa noite Flávio, obrigado pela pergunta. Penso que os obstáculos são a organização do espaço e acesso aos materiais. Mas que em última análise não configuram exatamente em obstáculos, mas dificuldades que com auxílio da equipe da escola, são facilmente superados. Quanto a segunda questão, não entendi o sentido da palavra "excêntrico" mas o objetivo é dar tratamento ao tema de maneira que atenda à Lei 11.645/08 de maneira mais apronfudada. Deve-se estudar para além do material e dar sentido à todas as etapas e não focar apenas na parte prática. . Espero ter respondido. Podemos continuar o debate. Abraço. Jackson Alexsandro Peres
ExcluirObrigada Jackson, o excêntrico que lhe perguntei séria algo apenas chamativo e descontextualizado, similar aos primeiros museus os gabinetes de curiosidades, mas sua resposta conseguiu responder minhas dúvidas
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirBoa tarde
ResponderExcluirConsidero relevante seu estudo, acho muito valido trabalhar o povo africano ressaltando a importância, principalmente sua cultura. Infelizmente os livros de História ainda se referem aos negros de maneira estereotipada e muitos professores ainda tenham a visão ideológica e se referem aos negros como pessoas inferiores. Neste sentido, será que mudando a visão nos livros de História os professores que se referem aos negros como pessoas inferiores mudarão sua visão ou seria necessário investir na formação dos professores para que um trabalho diferenciado seja realizado.
Inês Valéria Antoczecen
Bom da Inês. Eu não quero acreditar que exista "professores" que se referem aos negros como pessoas inferiores. Mas penso que o mais importante são ações, estudos e sim, formação é sempre importante. Precisamos dar mais atenção à representatividade negra nos materiais didáticos e nos ambientes escolares. Abraço
ExcluirParabéns pelo trabalho, Jackson Alexsandro Peres.
ResponderExcluirTrabalhar as diferentes culturas existentes ao longo do tempo no continente africano é um desafio, porém necessário. Pergunto se você teria como indicar algumas bibliografias sobre a História da África voltada para Educação Básica e obras que discutam as culturas africanas. Novamente parabéns pelo trabalho realizado. Abraço.
Bom dia Fabian. Obrigado por ler o trabalho. Além do material listado nas referências, indico o livro "África e Brasil Africano", de Marina de Mello e Souza e o livro "História e cultura afro-brasileira" de Regiane Augusto de Mattos. São livros para subsidiarem os professores, mas que podem ser trabalhados com alunos, principalmente do ensino médio. Abraço. Jackson Alexsandro Peres
ExcluirBoa noite Jackson.
ExcluirAgradeço pelas indicações bibliográficas.
Desejo-lhe sucesso.
Jackson, parabéns pelo seu trabalho! Sua proposta me chamou muito a atenção, pois quando estava a pesquisar propostas de atividades para a construção do produto da minha dissertação, me deparei com a confecção de máscaras africanas para aprofundar sobre o estudo da história dos povos africanos e os diferentes simbolismos envolta da criação da máscara. Confesso que não sabia muito a respeito do assunto, mas ao pesquisar sobre o mesmo fiquei encantado. Como professor da educação básica, que outros desafios você se deparou, além daqueles que mencionou no seu texto, principalmente em relação a compreensão dos estudantes a entenderem o conceito e expressão da arte africana através das máscaras? Que impactos o trabalho com essa temática trouxe para suas aulas? Conte-me mais sobre sua experiência no retorno das aulas presenciais?
ResponderExcluirBom dia! Obrigado pela leitura. Precisamos estar atentos para não sermos rasos na abordagem mas que também a transposição didática deve levar em conta a faixa etária, no caso cabe lembrar que foi aplicado a uma turma de sétimo ano. O impacto que se espera é ampliação do conhecimento a respeito do continente africano e também trabalhar as questões de respeito à diversidade cultural. É um trabalho de formiguinha, mas penso que o caminho é esse. Abraço. Jackson Alexsandro Peres
ExcluirJackon, complementando a minha questão, teria indicações de obras no formato HQ sobre a História da África, dos países, das suas culturas etc. Obrigado.
ResponderExcluirOlá. Não sei indicar professor. Se souberes, compartilhe! Abraço. Jackson Alexsandro Peres
ExcluirTranquilo, Jackon.
ExcluirÉ que tenho interesse em utilizar HQ em sala de aula. Porém, conheço poucas HQ's com temáticas africanas.
Abraço.
Caso tenha interesse, aqui nesta mesa tem o trabalho do Márcio dos Santos Rodrigues, intitulado "AYA DE YOUPOGON: AFROPOLITANISMO, ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFRICANA". Ali temos alguma indicações de HQ's com temáticas ou autores africanos. Vale a pena conferir.
ExcluirParabéns, Jackson Alexsandro, pela proposta singular e prática antirracista. No texto, você diz não ter sido possível a formalização de um projeto interdisciplinar. Gostaria de saber: você tem perspectivas de continuanças?
ResponderExcluirBom dia Ana! Sim, cada ano busco aprimorar a abordagem e também as ações. Estamos buscando conseguir trabalhar de maneira interdisciplinar essa temática na escola, mas ainda não conseguimos colocar em prática. Abraço. Jackson Alexsandro Peres
ExcluirPorque de ser estudada tão pouco essa história africana, diante de tanta riqueza apresentada pelo autor do texto?
ResponderExcluirBom dia. Penso que foi o processo histórico. À partir das lutas dos movimentos negro e indígenas tem-se buscado estudar e abordar esses assuntos nas escolas de maneira aprofundada, fugindo dos estereótipos que durante muito tempo eram estampados nos materiais didáticos. Abraço. Jackson Alexsandro Peres
ExcluirComo nós professores podemos quebrar esse bloqueio dentro de escolas e sem sermos invasivos demais e apresentar a relevância dessa parte da história tão rica em fatos ?
ResponderExcluirBom dia! Não entendi o termo "invasivo" na questão, mas penso que ao tratarmos os assuntos de maneira séria e acadêmica, os alunos percebem e se interessam. Abraço. Jackson Alexsandro Peres
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