Raynara Cintia C. R. Brito

O ENSINO DE HISTÓRIA DA ÁFRICA: ANALISES E REPRESENTAÇÕES DO TRÁFICO NEGREIRO NOS LIVROS DIDÁTICOS                                                                            

Raynara Cintia C. R. Brito

 
Introdução

Durante anos a temática do tráfico negreiro tem sido representado no material didático, trazendo consigo uma série de debates e questionamentos acerca da imagem construída em torno do continente Africano e suas pluralidades. Pois, a visão repassada pelas representações construídas no livro didático, era algo bastante restrito que levava a construção de um senso comum, no qual o povo africano era representado apenas como um objeto ou uma mão de obra rentável. Por isso, tenho a plena convicção da importância de estudarmos o tráfico negreiro, suas resistências e a formação de quilombos nas escolas brasileiras, trazendo este assunto para sala de aula podemos conhecer e aprender a valorizar muito mais as nossas raízes afro-brasileiras das quais recebemos muitas influências no decorrer de nossa vida.
 
Partindo desse contexto, observa-se que ao longo dos séculos a História dos povos africanos, foi marcada por constantes transformações, sendo o que sabemos hoje sobre a historiografia da cultura afro-brasileira é ainda muito pouco diante da riqueza, em termos culturais, que a presença do povo africano trouxe para nós. Deste modo, é de grande relevância a contribuição que os estudos em torno da diversidade, resistência e formação de quilombos trouxe para a história dos povos africanos. Dessa forma, este trabalho busca entender as representações que foram se perpetuando ao longo dos anos em torno do tráfico negreiro tendo como objeto de pesquisa os livros anteriores e posteriores a lei 10639/03, que tornou obrigatório o ensino da África nos bancos escolares.
 
Ao nos debruçarmos em torno do tráfico negreiro observarmos que a escravidão oriental e ocidental, tanto sob sua forma mais antiga, como sob sua forma colonial se expandiu na África no século XIX buscando, em sua essência, formar um modo de produção que fizesse do escravo, praticamente privado de direitos, um bem imobiliário ou uma mercadoria negociável e cedível. Os escravos constituíam, na maioria das vezes, o grosso da população ativa de uma sociedade, como ocorria no sistema ateniense e nas plantações coloniais da Arábia medieval, ou mesmo na América pós-colombiana. Esse fenômeno contribui para um conflito que continuaria a afligir o continente africano até o século XX (AJAYI, 2010).
 
Tráfico negreiro: analises e perspectivas

Antes de iniciarmos a análise das fontes iremos fazer um pequeno panorama do tráfico negreiro em torno do mundo, no qual pode ser identificado que na maior parte do século XV, o tráfico negreiro, por estar ligado ao desenvolvimento das plantações portuguesas no Brasil, e holandesas nas Guianas, permaneceu necessariamente limitado ao Caribe e à América Central e do Sul. No século XVI, coincidiu com a participação africana na exploração das Américas.
Em 1415, com a tomada de Ceuta pelos portugueses inaugurou-se o período de penetração europeia no continente africano. Em 1435, os portugueses alcançaram o Senegal e, em 1483, o Congo, a partir de 1441, houve deportações de africanos para Lisboa, marcando assim o início da imigração forçada de africanos, ou seja, do tráfico negreiro que continuaria até a época moderna (AJAYI, 2010).
 
Segundo Harris, na França a partir do século XV, começou-se a prestar mais atenção na presença africana no território nacional. Na França o desenvolvimento da escravidão não se deu, no início, de forma deliberada, um tribunal real chegou a proclamar, no ano de 1571: “A França, mãe da liberdade, não permite nenhum escravo” (HARRIS, 2010, p. 10). Porém, na prática havia uma variação em função dos casos: alguns africanos eram escravizados, ao passo que outros permaneciam teoricamente livres, ainda que num meio hostil. A partir do fim do século XVII e, durante o século XVIII, a política real permitiu aos franceses donos de escravos na Américas trazê-los de volta para a França, com isso os franceses começaram a acostumar-se à presença dos negros entre eles.
 
Representações nos livros didáticos

Ao iniciarmos nosso debate em torno da análise das fontes devemos tomar o cuidado de não generalizar o povo africano visto que, a África é um continente repleto de diversidade e por isso tornasse relevante pensarmos a ideia de multiplicidade. Assim nosso estudo tem como objeto de estudo os livros didáticos anteriores a lei das autoras Bruna R. Cantele e M’ Bakolo, no livro “História e Dinâmica do Brasil” de Bruna Cantele, no qual a autora aborda o tráfico negreiro, representando o negro apenas como um mero objeto de venda, no qual o povo africano é visto como principal elemento ou mercadoria utilizado pelo comércio de escravos, sendo que, ela ainda trás para a discussão as diferentes motivos pelos quais os negros se tornavam prisioneiros (CANTELE, 1991, p. 83). É importante percebemos que nem todo escravo resistiu a escravidão uns haviam passivamente enquanto que outros utilizavam das mais diversas formas de resistências para tentar se livrar do cativeiro.
No livro “África Negra” de M’ Bakolo, o tráfico de escravos, ou melhor, dizendo o comércio regular de seres humanos, também é representando de uma forma restrita, no qual o negro é apresentado apenas como uma das mercadorias mais procuradas e acompanhada de outros objetos como: o marfim, couro e até madeira. Além, disso é importante ressaltar que antes mesmo do negro se tornar um objeto para o comércio mais ou menos regular, ele era adquirido mediante os métodos mais primitivos e violentos como o rapto (M’BOKOLO, 2009, p. 211). Nota-se através dessas informações a forma como negro e o continente africano é representado pelos livros didáticos apagando sua heterogeneidade e seu passado de lutas e resistências diversos que ressalta sua multiplicidade.
 
Para Cantele, em relação ao comércio de escravos, os africanos eram vistos apenas como um bom negócio para seus senhores, especialmente porque o preço de um negro era de três a quatro vezes mais alto do que um índio. Deste modo, com a escravidão negra forçava-se ainda mais a saída de produtos do Brasil para a compra de escravos (CANTELE, 1991, p. 88). O que identificamos trata-se de um distanciamento de discursos entre os livros didáticos e os acadêmicos, no qual a maior parte dos livros didáticos tentam repassar uma visão distorcida em torno do continente africano impregnada pelas mídias que expõe a representação de um país devasto pela miséria, fome e doenças.
De acordo com M’ Bakolo a utilização da mão-de-obra servil era realmente um bom negócio, mas que logo no começo iniciou-se em pequena escala, sendo empregada principalmente pelos europeus, mais em pouco tempo ela rapidamente se ampliou tornando assim uma mão-de-obra quase que exclusiva (M’BOKOLO, 2009, p. 273). Com essas informações observa-se que diversos livros buscam expor uma visão restrita do continente africano ressaltando apenas o tráfico negreiro nas páginas de seus livros dando assim, pouca ênfase para as formas de resistências que africanos utilizavam para escapar da servidão.
 
Neste contexto, a mão-de-obra africana, era considerada ótima, visto que o negro desempenhava diversas atividades importantes como: lavrador, construtor, artifício, pedreiro, oleiro, vaqueiro, criado doméstico, ferreiro, além desenvolver até trabalhos de fundição e forja de metais (CANTELE, 1991, p. 88). Observa-se que em todo o momento o negro é apenas retratado como uma mão de obra relevante para o comércio porém, é necessário atentarmos para diversidade de estratégias para fugir da escravidão como a fuga para os quilombos e até o suicido. Além disso, haviam aqueles escravos que não resistiam a essa condição aceitando passivamente a servidão.
 
Segundo M’ Bokolo, a utilização desses africanos eram múltiplas, sendo que três dentre elas se destacavam como: a domesticidade, de onde eram empregadas principalmente mulheres que participavam de preferência nos serviços domésticos, seja como criadas ou diaristas; já no serviço das armas, eram os negros que participavam de maneira regular na história militar, visto que o principal trabalho desses africanos estava veiculado agricultura onde eram considerados como mão-de-obra altamente produtiva (M’BOKOLO, 2009, pp. 223-230).
 
Observamos através dessas informações a construção que foi forjada ao longo dos anos em torno do povo africano, no qual o olhar que se lança para ele é apenas do ponto de vista de uma mercadoria, força de trabalho ou de mão de obra necessária, restringindo assim, nossos alunos a conhecer a diversidade cultura, resistência e formação quilombola.
 
Dando continuidade à nossa discussão, será analisado o livro didático posterior à lei dos autores Gilberto Cotrim e Jaime Rodrigues, fazendo-se assim um paralelo entre os livros anteriores e posteriores a lei. No livro “Saber e fazer História” os autores continuam apresentando o tráfico negreiro de maneira restrita, no qual o negro é representado apenas como figurante de sua própria trajetória, onde eles expõem em seu texto a forma como surgiu à escravidão a partir da expansão marítima, além de ressaltar que foram os europeus os primeiros a participarem no comércio de escravos (CONTRIM; RODRIGUES, 2009, p. 144).
 
Ao empreendermos uma análise em torno dos livros anteriores identifica-se que houve pouca mudança com relação à forma como o continente africano é representado no material didático, haja vista que a história do povo africano é retratado com apenas algumas páginas reforçado assim, a pouca ênfase que é dada a historiografia negra.
 
Assim, as informações que encontramos nos livros didáticos posteriores a lei a lei 10639/03, que tornou obrigatório o ensino da África nos bancos escolares sempre reforçam as seguintes ideias, de acordo com M’ Bokolo o tráfico negreiro já existia, mas foi a partir do tráfico europeu que ele começou a se expandir por diversos países e assim começou a ganhar dimensões e amplitudes sem precedentes, expandindo-se como um comércio altamente produtivo (M’BOKOLO, 2009, p. 252). Mostrando apenas o negro como mercadoria de venda, apagando assim, sua história de lutas, desafios, resistências e confrontos ao se depararem com uma outra realidade a qual lhe foi imposta. Entretanto também se faz necessário salientar sua heterogeneidade, sua diversidade haja vista que nem todos resistiram a sua condição.
 
No livro dos autores Cotrim e Rodrigues também são colocadas às formas como os africanos eram vendidos para América e como acontecia quase todo esse processo, como por exemplo: por onde os africanos passavam para serem transportados a outros países e assim chegarem ao seu destino nos mercados onde seriam vendidos (CONTRIM; RODRIGUES, 2009, p. 145). O que observamos é apenas uma narrativa vista do ponto do outro sobre o continente africano, carregada de uma visão restrita em torno de riqueza tão grande de diversidade cultura.
 
Nas representações trazidas pelo autor M’ Bokolo, o processo pelo qual os negros passavam para serem transportados a outros mercados onde seriam vendidos compreendia-se em uma longa viagem em que muitos negros acabavam morrendo devido à precariedade dos transportes e aglomeração de negros em um único lugar (M’BOKOLO, 2009, pp. 320-321). Nesse contexto, as construções giram sempre em torno de uma visão que foi imposta a sociedade como um continente onde impera a pobreza, a miséria e a fome. Além de um povo que terrivelmente escravizado, sofrendo as mais terríveis atrocidades, chegado a ser transportado como uma simples mercadoria lançada no fundo de um porão.
 
De acordo com Cotrim e Rodrigues, o tráfico negreiro proporcionou a diversos países um lucrativo negócio, sendo que este fato se comprova no século XVIII onde o tráfico chegou a dar mais lucro para metrópole portuguesa do que o próprio açúcar, uma vez que não foi só Portugal que aderiu a está visão, muitos outros países entraram no tráfico entre os quais podemos observar a presença de vários países como: a Espanha, Inglaterra, Holanda e França (CONTRIM; RODRIGUES, 2009, p. 147). Nota-se que mesmo depois da instituição do ensino obrigatório da história da África há muita coisa que precisa ser mudada com relação à forma como os negros são representados nos livros didáticos, para que ocorra mudanças nas estruturas pedagógicas de ensino que ao selecionar os assuntos que serão debatidos em sala de aula tão pouca ênfase a diversidade cultural do povo africano, além da falta de cuidado ao selecionar livros que contemple todas culturas e povos pertencentes ao formação da sociedade brasileira.
 
Nesse contexto, entre suas linhas argumentativas M’ Bokolo expõe, que não devemos colocar esse processo como o tráfico negreiro, mas sim como os “tráficos negreiros”, sendo que está pluralidade não apenas nos remete a diversidade das épocas que isso ocorreu e nem pelos explícitos ou não pelo qual aconteceu, mas isto se refere aos atores desse tráfico entre os quais encontramos todos os vizinhos de continente africano, assim como os povos da Ásia, em particular os árabes e europeus cristãos, assim como muçulmanos.
Portanto, a partir dos elementos aqui explicitados com base nos livros didáticos de antes e depois da lei 10639/03, podemos perceber que com relação à implantação da lei pouco se notou de diferença no material didático do ensino fundamental. Deste modo, entendemos que essa pouca relevância que é dada ao continente africano está associada à falta de informação sobre a diversidade cultural da África e a visão preconceituosa e distorcida em torno do povo africano. No qual o continente africano é representado apenas como um ponto geográfico e os africanos como mão-de-obra necessária para o tráfico. Assim como descreve Mattos:
 
Não haja nem uma palavra sequer sobre a África, os africanos ou os diversos povos daquele continente e de como participaram destes desencontros. Elas entraram em cena nas terceiras unidade, para caracterizar “a construção da sociedade colonial”, basicamente como força de trabalho (OLIVIA, 2003, p. 427).
 
Nesse contexto, compreendemos que nos livros didáticos continuam sendo incorporadas uma visão racista e preconceituosa sobre o continente africano, no qual ele é representado da maneira em que é reproduzido pela média. Como aponta Anderson:
 
Reproduzimos em nossas ideias as noticias que circulam pela mídia e que revelam um continente africano marcado pelas misérias guerras etnias, instabilidade política, AIDS, fome e falência econômica. As imagens e informações que dominam os meios de comunicação... (OLIVIA, 2003, p. 431).
Além disso, podemos observar que nos livros didáticos o negro é sempre representado por figuras inferiores, sendo apresentado em “imagens reproduzidas nos livros didáticos sempre mostrando o africano e a História da África em uma condição negativa.” (OLIVIA,2003, pp. 431-432) Reforçando uma imagem construída pela mídia e pelos livros didáticos que constrói representações forjada numa visão restrita do processo, dando pouca visibilidade a diversidade cultura dos povos afro-brasileiros.
 
Conclusão
Com base no que foi apresentado percebe-se que essas informações refletem o grande efeito das leituras dos livros didáticos e da mídia, pois as principais associações que eram feitas aos povos africanos eram sempre referentes a forma como eram tratados o qual apareciam na maior parte como coadjuvantes de sua própria história e não como sujeitos históricos, onde eram descritos apenas do ponto de vista dos conquistadores. Por isso algumas imagens do negro como “selvagem” e “mão de obra barata” foram no decorrer dos séculos se perpetuando.
 
Porém, esta falta de entendimento dos alunos com relação aos povos africanos e a cultura afro-brasileira não se resumem apenas a ausência de informação das escolas, mas também pela grande deficiência das políticas públicas de valorização da diversidade cultural.
 
Por isso, o continente africano continua a ser visto somente como um figurante de sua própria história, onde é representado apenas com um olhar estrangeiro observado do lado de fora e não com um olhar de quem vivenciou todos os dias essa realidade, que são os próprios africanos. Deste modo, continua-se nutrindo uma série de interpretações e visões racistas e discriminatórias, formuladas por nós mesmo como resultado de ações e pensamentos distorcidos que vão sendo construídos ao longo dos séculos por diversos veículos de comunicação, que apresenta apenas uma visão negativa do continente africano.
 
Portanto, diante de diversas informações podemos compreender que durante séculos os povos africanos foram vistos apenas como mercadoria rendável ao comércio, ou seja, uma mão de obra necessária para o tráfico. Sendo assim a história do povo africano ao longo do tempo foi contada apenas sobre uma perspectiva a partir da visão do outro, mas hoje podemos entender que os povos africanos são partes, e de extrema importância não só para nossa história, mas também para nosso presente e futuro.
 
Deste modo, tendo como base as leituras dos textos aqui expostos, analisados e discutidos é de suma importância que a escola hoje assuma o seu papel de formadora de pessoas e adquira assim um potencial estratégico capaz de atuar para que os povos africanos deixem de ser vistos apenas como “outro”, o qual era observado somente de longe e com desprezo. E passem a ser notados com destaque e admiração que merecem, ou seja, como parte de nosso maior tesouro: a diversidade.
 
Referência biográfica
Graduada em Licenciatura Plena em História pela UFPA. Mestre em História Social da Amazônia pela UFPA. E especialista em Africanidades E CULTURA AFRO-BRASILEIRA pela UNOPAR.
Mestre Raynara Cintia Coelho Ribeiro pesquisadora independente e professora particular.
 
Referências bibliográficas
AJAYI, J. F. A de. “África no início do século XIX: problemas e perspectivas”. In: História geral da África, VI: África do século XIX à década de 1880/ editado por J.F Ade Ajayi. Brasília: UNESCO, 2010.
 
AJAYI, J. F. Ade. “Conclusão: a África às vésperas da conquista europeia”. In: História geral da África, VI: África do século XIX à década de 1880/ editado por J.F Ade Ajayi. Brasília: UNESCO, 2010.
 
CANTELE. R, Bruna. História e Dinâmica do Brasil (ensino fundamental), 1991.
 
COTRIM, Gilberto e RODRIGUES, Jaime. Saber e fazer História (ensino fundamental). São Paulo, 2009
 
DIAGNE, P. “As estruturas políticas, econômicas e sociais africanas durante o período considerado”. In: História geral da África, V: África do século XVI ao XVIII/ editado por Bethwell Allan Ogot. - Brasília: UNESCO, 2010.
 
HARRIS, J. E. “A diáspora africana no Antigo e no Novo Mundo”. In: História geral da África, V: África do século XVI ao XVIII/ editado por Bethwell Allan Ogot. - Brasília: UNESCO, 2010.
 
M’ BOKOLO, Elikia. África Negra: história e civilizações. Salvador EDUFBA; São Paulo: Casa das Áfricas, 2009.
 
OLIVIA, Anderson Ribeiro. Estudos Afro-Asiáticos, nº3, 2003.

9 comentários:

  1. Entendo que a ordem do livro didático precisa ser subvertida e que as cronologias implicam em um pensar gradativo que parece hmogeneizar o entendimento de crianças e adolescentes como se estes fossem tábula rasa. É importante fazer experiencias e divulgar metodologias nas quais os escravos mesmo correndo o risco de anacronismos sejam colocados ao aldo de Carolina de Jesus, a escritora e dos imigrantes africanos e haitanos para que possamos debater com a juventude as diferentes temporalidades e semelhanças dos processo de submissão dos seres humanos.
    Waldson Luciano Correa Diniz
    UFMS- Campus do Pantanal

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    1. Muito obrigada pela sua observação. Concordo plenamente ainda há muito que se pensar a respeito de metodolocias para o ensino da história da África.

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  2. LEONARDO BORGES GONÇALVES12 de setembro de 2022 às 21:41

    Inicialmente eu gostaria de parabenizar a autora pela excelente reflexão.
    Como estudiosa do tema, você acredita que os tratados de preação, "signatados" entre europeus e lideranças tribais africanas foi preponderante para a estimulação, do tráfico negreiro?

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  3. LEONARDO BORGES GONÇALVES12 de setembro de 2022 às 23:15

    Inicialmente eu gostaria de parabenizar a autora pela excelente reflexão.
    Como estudiosa do tema, você acredita que os tratados de preação, "signatados" entre europeus e lideranças tribais africanas foi preponderante para a estimulação, do tráfico negreiro?
    LEONARDO BORGES GONÇALVES

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  4. Primeramente gostaria de agradecer pela sua atenção ao nosso estudo...Acredito q sim, pois contribui significativamente para o aumento da pratica do tráfico negreiro naquele contexto.

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  5. Defendi em 2018 uma dissertação de mestrado na qual analisei a aprendizagem dos estudantes do terceiros anos do Ensino Médio, em relação a história e cultura afro-brasileira. E os dados demonstraram que apesar de estarem na última fase da Educação Básica, e terem iniciado os estudos após a implementação da lei 10.639, a aprendizagem dos mesmo em relação a população negra está atrelada em demasia aos conceitos de tráfico negreiro e escravidão. Além disso, os livros didáticos estudados pelos mesmo apresentam a África e a cultura afro-brasileira de forma superficial. Assim, mesmo diante de inúmeras produções em relação ao protagonismo da população negra, ainda percebe-se uma certa morosidade na aplicabilidade da Lei nas escolas.
    Diante disso, pergunto: O que é necessário ser feito para reverter tal problemática e fazer com que a Lei 10.639 seja colocada em prática em sua plenitude na Educação Básica?

    Luzinete Santos da Silva

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  6. infelizmente em pleno século XIX ainda nós deparamos com esses efeitos de uma educação europeizada e superficial.Acredito que para mudar essa história é necessario uma mudança desde a base com um ensino voltado para a valorização da cultura afro-brasileira, ensinando para as crianças a respeitar e valorizar a cultura dos povos africanos.

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  7. Lucas Silva de Oliveira15 de setembro de 2022 às 23:52

    Boa noite professora, é óbvio que falar sobre o tráfico negreiro é parte importante, e como foi citado que os negros era tratados apenas como mercadorias, não seria mais fácil mostrar a história antes dos tráficos negreiros começarem?
    Ass: Lucas Silva de Oliveira
    lucas.silva.o@sou.ufac.br

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    1. obrigada pela questão querido.Concerteza essa questão é óbvio...Porém ressaltar um assunto através de um artigo traz atona uma serie de debates interessantes para esta mesa e para pesquisas posteriores.Com relação ao questionamento, poderia ser mais fácil.Porém minha intenção é a analisar os livros didaticos tendo como objeto de pesquisa o trafico negreiro, buscando entender como ocorreu essa mundança de visão do trafico nos livros.

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